Doação de plaquetas: saiba o que é e quais os requisitos básicos para o procedimento
Você já ouviu falar em doação de plaquetas? Ela pode beneficiar inúmeros pacientes, principalmente aqueles que passaram por transplante, estão enfrentando o câncer ou sofreram algum trauma.
A doação pode ser realizada sem risco para doador e receptor. A transfusão de plaquetas tem como objetivo auxiliar na correção do distúrbio hemostático do paciente, ajudando a controlar sangramentos e hemorragias.
Acompanhe este conteúdo e saiba quais são os requisitos mínimos para que uma doação de plaquetas ocorra. Boa leitura!
Entenda como o procedimento é feito
Durante a doação de plaquetas, o sangue é retirado do doador, igual a uma doação convencional. A diferença vem depois: o material segue para um equipamento que retém parte das plaquetas.
Após esse processo, o sangue volta para o doador, junto com os demais hemocomponentes.
Todo o procedimento é realizado de maneira segura e livre de contaminações e dura cerca de uma hora e meia. E, por necessitar de mais processos, a doação deve ser agendada com antecedência.
Por que doar plaquetas?
O sangue é composto por plaquetas, glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plasma. As plaquetas, conhecidas também por trombócitos, são fragmentos de megacariócitos relacionados com a cicatrização de feridas e reparação dos vasos sanguíneos.
Assim, elas são responsáveis por auxiliar no controle de sangramento e por atuar diretamente na coagulação.
Doar esse tipo de hemocomponente é essencial para o tratamento de pacientes que apresentam deficiência de plaquetas, causadas por transplante de medula, tratamentos de câncer e demais intervenções/procedimentos cirúrgicos.
Tudo o que você precisa saber antes de doar plaquetas
Diferentemente das hemácias e dos leucócitos, as plaquetas não são células, mas, sim, fragmentos citoplasmáticos. Uma pessoa adulta saudável tem uma média de 125 mil a 450 mil mm³ de plaquetas, e 30 mil são formadas todos os dias.
Compreender o que são plaquetas, os requisitos básicos para doação e os impedimentos definitivos para o procedimento é muito importante. Acompanhe:
Requisitos básicos para ser um doador
Para realizar a doação de plaquetas, o doador precisa:
- ter de 16 a 69 anos;
- pesar a partir de 60 kg;
- ter feito a primeira doação antes dos 60 anos;
- estar com a saúde em dia e bem alimentado no dia da doação
- ter veia grossa (acesso venoso calibroso);
- levar documento de identidade com foto;
- se menor de idade, estar acompanhado por um responsável legal;
- não fazer uso de ácido acetilsalicílico (AAS) ou anti-inflamatórios não hormonais três dias antes do procedimento;
- não consumir alimentos gordurosos antes do procedimento.
Após o processo de doação, indica-se beber bastante água, não ingerir bebidas alcoólicas, não realizar esforços físicos nem praticar esportes pesados no dia do procedimento.
O que é necessário para realizar a doação?
Além de apresentar o documento de identificação, para realizar a doação de plaquetas é importante já ter realizado uma doação de sangue em um período entre 6 e 24 meses antes do procedimento.
As mesmas necessidades de uma doação de sangue são utilizadas na de plaquetas, porém, é necessário que o doador seja avaliado com relação às condições de acesso venoso utilizado no procedimento.
O peso e a altura da pessoa também devem ser avaliados, e as mulheres só podem fazer a doação de plaquetas se não estiverem grávidas ou depois de três meses do parto.
É comum, ainda, que as pessoas sintam receio na hora da doação, mas é importante saber que se trata de um processo extremamente seguro, sem riscos e com materiais descartáveis, estéreis e individuais, tudo para proteger a integridade de doadores e receptores.
Impedimentos definitivos e temporários
Existem alguns impedimentos para a doação de plaquetas. Uns são temporários, e outros, definitivos. Então, fique atento!
Impedimentos temporários:
- apresentação de sintomas de gripe ou febre;
- ingestão de bebida alcoólica 12 horas antes da doação;
- exposição à situação de risco ou, ainda, a doenças sexualmente transmissíveis (impedimento por 12 meses após a exposição);
- uso de drogas (impedimento por 12 meses).
São impedimentos definitivos:
- hepatite após os 10 anos de idade;
- doença de Chagas, malária e aids;
- mulheres com mais de três gestações;
- mulheres no puerpério (até três meses após o parto);
- usuários de drogas.
Saiba mais: qual a validade do concentrado de plaquetas?
A busca por esse hemocomponente é grande, e o concentrado de plaquetas vale por apenas cinco dias. Isso quer dizer que as doações precisam acontecer com constância.
Os bancos de armazenamento devem ter um estoque de concentrado de plaquetas sempre renovado e preparado para atender os receptores.
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