Doação de sangue: entenda se pacientes que passaram por tratamentos oncológicos podem ser doadores

Mesmo com tantos avanços que a ciência e a medicina proporcionam, pacientes que já passaram pelo tratamento oncológico enfrentam inúmeros desafios, seja pelo sofrimento mental que a doença traz, seja pelos efeitos físicos que os tratamentos causam.

No entanto, o que muitos não sabem é se quem passou por essa situação pode doar sangue. É importante deixar a vontade de ajudar o próximo um pouco de lado, a fim de entender qual a maneira mais segura de realizar isso, evitando danos tantos para o doador quanto para o receptor.

Quem teve câncer pode ser um doador de sangue? Continue a leitura e tire essas e demais dúvidas sobre o assunto. Vamos lá!

Afinal, quem teve câncer pode doar sangue?

Essa é uma pergunta bem complexa. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde determinaram que neoplasias malignas são impedimentos para uma pessoa ser doadora de sangue.

O objetivo principal desta restrição aos pacientes oncológicos se dá pela própria condição de saúde deles, aliada ao uso de tratamentos como quimioterapia, radioterapia, uso de anticorpos e consumo de medicamentos específicos.

Com isso, chegamos à conclusão de que aqueles que já tiveram câncer, principalmente leucemia, são impossibilitados de doar sangue, mas há algumas exceções raras.

Essas exceções ficam por conta das pessoas que já finalizaram o tratamento de carcinoma basocelular de pele ou carcinoma de cérvix de colo de útero. Nestes casos, é possível fazer uma avaliação e, em alguns casos, estarem aptas para doação.

Entenda quem pode ser um doador de sangue

Já sabemos que o sangue doado pode ser utilizado em diversos propósitos da saúde, principalmente para o tratamento de doenças e suporte em procedimentos cirúrgicos de emergência. Porém, nem todos estão aptos a doar.

Quando falamos de pacientes que já tiveram câncer, é importante salientar que o uso recente de quimioterápicos promove a circulação de substâncias pelo corpo. Ao realizar uma doação, elas se fazem presente, assim, quem recebe o sangue pode ter contato com essas substâncias e ter a saúde prejudicada.

O Ministério da Saúde estabelece que podem ser doadoras de sangue pessoas entre 16 e 69 anos, desde que estejam pesando acima dos 50 kg e não sejam portadoras de doenças, como o câncer.

Além disso, indivíduos com sintomas de febre, gripe, resfriado e diarreia recente e mulheres grávidas ou no pós-parto devem ficar sem doar temporariamente.

É importante ressaltar que o processo de doação é simples, rápido e seguro. Ele não causa riscos ao doador, uma vez que todos os materiais utilizados durante as coletas são descartados, eliminando qualquer possibilidade de contaminação.

O processo de doação é voluntário e é um ato importante de empatia e ajuda ao próximo. Uma única doação pode salvar até quatro vidas.

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Outras doenças que impedem uma doação

Além do câncer, existem outras doenças capazes de impedir a doação por definitivo. São elas:

  • aids;
  • doença renal crônica;
  • algumas doenças cardiovasculares;
  • doença de Chagas;
  • diabetes tipo I e II
  • insulinodependência;
  • hanseníase;
  • brucelose;
  • tuberculose extrapulmonar;
  • leishmaniose visceral;
  • hepatite B após 11 anos de idade;
  • hepatite C;
  • doenças autoimunes;
  • vírus linfotrópicos da célula T humana (HTLV) I e II;
  • pneumectomia;

* Pacientes transplantados também não podem ser doadores.

Confira as exigências para ser um doador

Manter os estoques de sangue abastecidos é fundamental. Sendo assim, indica-se que cada pessoa faça uma doação de sangue, pelo menos, duas vezes por ano.

Homens podem doar a cada 60 dias em um período de 12 meses, não podendo exceder 4 doações por ano. Já as mulheres precisam de um intervalo de 90 dias entre as doações, com até 3 doações ao ano.

Para ser doador, é preciso seguir algumas exigências:

  • estar em boas condições de saúde;
  • ter entre 16 e 69 anos completos (no caso de menor de idade, a doação só é feita mediante autorização de um responsável legal. Entre 60 e 69 anos, só poderá doar se já tiver feito uma doação antes dos 60 anos);
  • apresentar documento de identificação original e com foto;
  • pesar no mínimo 50 kg;
  • dormir no mínimo 6 horas nas 24 horas que antecedem a doação;
  • estar alimentado e evitar consumo de alimentos gordurosos no dia (doações após almoço devem ocorrer 2 horas após a ingestão dos alimentos).

Além disso, é importante verificar se o hemocentro escolhido funciona com base em agendamentos. Se sim, realize com antecedência e se prepare para o momento da doação.

Ao longo deste conteúdo, vimos a importância da doação de sangue e os motivos que impedem pacientes que já tiveram câncer de participar dessa corrente do bem.

Lembre-se sempre de contar com a ajuda do seu médico para tirar suas dúvidas, cuidando da sua saúde e da saúde do próximo! 

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