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Slow medicine: conheça mais sobre esse movimento

Você conhece o slow medicine? Entenda o conceito!

Você se preocupa com a qualidade do atendimento na sua clínica e gosta de refletir sobre as questões relacionadas à profissão médica? Se a resposta for sim, a slow medicine é ideal para a sua instituição.

Trata-se de um movimento recente, mas que vem conquistando espaço dentro da comunidade médica, defendendo a busca pelos valores essenciais da medicina, o que inclui atendimento humanizado e cuidados concentrados nos pacientes.

Ficou interessado no assunto? Então, continue a leitura para saber mais sobre a slow medicine. Vamos lá!

O que é slow medicine?

A expressão slow medicine, em tradução livre, significa medicina sem pressa. É um conceito que visa à assistência à saúde, de maneira mais tranquila, focando a medicina mais humanizada.

Sabemos que a rotina das clínicas e demais instituições de saúde é bem agitada. São inúmeras consultas e exames, e os pacientes acabam recebendo pouco tempo de dedicação dos profissionais. E é aí que entra a slow medicine, uma maneira de mudar essa aceleração dos processos, induzindo a uma aproximação entre médico e paciente, com consultas mais longas e muito diálogo.

Portanto, podemos dizer que ela é uma nova filosofia de atendimento, onde não é necessário ferramentas e muita tecnologia, apenas mudanças comportamentais, força de vontade e foco para colocar os valores em prática.

Saiba como o conceito de slow medicine surgiu

O conceito de slow medicine surgiu em 1986, na Itália, logo após um protesto contra a inauguração de um fast food. A luta era para manter a cultura gastronômica no país, valorizando a produção dos alimentos e o preparo com autocuidado. O movimento ficou conhecido como slow food.

No ano de 2002, Alberto Dolara, um cardiologista italiano, usou o termo slow medicine em um artigo, abordando a mesma reivindicação para o setor médico, ou seja, a importância de se ter um cuidado atento e minucioso com os pacientes.

Atualmente, o conceito se une ao conjunto de ideias que vem ganhando força no setor de saúde. Elas apresentam uma forma de resgatar a assistência à saúde ideal, com a perspectiva de que cuidar é a arte de um relacionamento sólido entre médico e paciente. 

Na slow medicine, há quatro aspectos valorizados:

Conheça os princípios da slow medicine

A slow medicine veio para modificar as perspectivas científicas da saúde. Por isso, é essencial conhecer os princípios que norteiam essa prática da medicina. Acompanhe!

Tempo

Durante o atendimento médico, o tempo deve ser dedicado exclusivamente a ouvir e entender o paciente, pensando sobre o tratamento mais adequado. Entende-se que a dedicação desse tempo e a total atenção ao paciente fazem toda diferença para que as decisões certas sejam tomadas.

Individualidade

O tratamento individual é uma maneira justa e única de cuidado para cada pessoa. É o fim da generalização, onde o foco é exclusivamente a individualidade do paciente.

Autonomia e autocuidado

Aqui, a atenção é voltada para valores, preferência dos pacientes, ambiente de cuidado, expectativas, amigos, família e demais fontes de suporte ou apoio. A decisão é feita de forma compartilhada, a fim de definir se um tratamento autônomo ou com auxílio é o indicado.

Conceitos positivos sobre saúde

Dentro da slow medicine, a saúde direciona o foco para o autocuidado, baseado na saúde e não na doença. O objetivo é fazer com que a prevenção das enfermidades sejam o ponto de atenção, sem esquecer a manutenção e qualidade da acessibilidade ao longo de todo o período de cuidado.

Prevenções

Muito parecido com os conceitos positivos de saúde, a prevenção estimula maior qualidade de vida, baseada em boas práticas de alimentação, atividades físicas, saúde mental e demais aspectos capazes de contribuir para corpo e mente saudáveis.

Medicina integrativa

Sempre que indicado, o uso da medicina tradicional deve ser realizado, mas, quando possível, a medicina integrativa é bem-vinda, de preferência quando baseada em evidências. Um ponto importante é sempre manter a segurança, garantindo boa recuperação e equilíbrio aos pacientes.

Uso moderado da tecnologia

A tecnologia nos atendimentos médicos deve ser utilizada para auxiliar os profissionais nas tomadas de decisão, sempre dando preferência a uma melhor qualidade de vida, utilizando-a de forma racional e almejando o melhor para o paciente.

Segurança em primeiro lugar

Como o próprio nome já diz, esse princípio é baseado na teoria de que os procedimentos não devem fazer mal, dando liberdade aos médicos de intervir sempre que julgarem necessário.

Foi possível entender que a slow medicine é uma assistência que preserva o atendimento humanizado, fazendo com que o médico foque o paciente e use a medicina preventiva de forma livre.

A partir disso, o profissional pode equilibrar os tratamentos, promovendo alternativas menos invasivas e atendimentos mais cômodos, por exemplo, o uso da telemedicina quando os atendimentos não necessitarem da presença do paciente e, ainda, o emprego de softwares médicos para que os agendamentos sejam feitos com mais praticidade e de qualquer lugar.

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