Telecirurgia: entenda o que é, como funciona e a regulamentação brasileira
A telemedicina vem sendo muito utilizada, motivada, principalmente, pelo período da pandemia de Covid-19. Junto a essa modalidade, existe a telecirurgia, uma prática que vem sendo regulamentada e promete revolucionar o futuro da saúde.
O mundo está cada vez mais tecnológico, e aqueles que se adaptam a essas inovações conseguem se destacar e fazer a diferença, principalmente quando o assunto é a medicina. Ao longo deste conteúdo, você vai entender mais sobre o conceito e a regulamentação da telecirurgia. Boa leitura!
O que é a telecirurgia?
A telecirurgia nada mais é do que uma cirurgia realizada a distância, ou seja, o médico especialista realiza todo o procedimento com a melhor tecnologia do mercado, junto a mãos robóticas. Os meios mais utilizados são a teleconferência e a robótica guiada à distância através de computadores que são conectados via internet.
A telecirurgia só pode ser realizada com estrutura segura e com garantia de funcionamento do equipamento e das demais necessidades, como fornecimento de energia elétrica, proteção contra hackers e estabilidade da conexão.
Conheça o conceito de telemedicina
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a telemedicina pode ser definida como uma maneira de transmitir informações e dados médicos através da tecnologia.
Portanto, essa prestação de serviços remota permite atendimentos de qualidade, contribuindo ainda mais para a saúde e prevenção de doenças.
Além de cuidar da saúde da população, a telemedicina permite que os profissionais analisem resultados de exames, produzam e entreguem no formato digital atestados e laudos, e, ainda, auxiliem ou tenham auxílio durante as telecirurgias.
Afinal, como funciona uma cirurgia a distância?
Em uma telecirurgia, o médico responsável fica em uma espécie de cabine de controle durante o procedimento, guiando o robô. Junto ao paciente, fica uma câmera 3D e demais instrumentos cirúrgicos, todos em tamanho miniatura, diferentes das cirurgias tradicionais.
A ideia da câmera é fazer com que o médico tenha uma visão 360º macroscópica de toda a área que será operada, ligando os objetos cirúrgicos e fazendo a operação no paciente.
Um ponto de atenção fica por conta da necessidade de haver mais de um cirurgião na sala, sendo o responsável por ficar atento sobre tudo o que está ocorrendo, se está saindo como planejado e pronto para entrar em cirurgia manual caso necessário.
Saiba quais são os benefícios que a telecirurgia proporciona
Essa modalidade cirúrgica proporciona muitas vantagens para a equipe médica, afinal, ela auxilia em procedimentos precisos, podendo, ainda, oferecer recuperações mais ágeis e eficientes para os pacientes.
Outras vantagens proporcionadas pela telecirurgia são:
As cirurgias são de alta precisão
Todos os comandos são exatos, o que diminui as chances de erros no resultado final da cirurgia, tudo devido ao braço mecânico e do comando do cirurgião presente na cabine. A prática evita imprevistos que podem ocorrer por conta de ansiedades, tremores ou emoções, por exemplo.
O sangramento é menor
Com incisões menores e a redução da manipulação interna do paciente, o sangramento acaba sendo menor. Consequentemente, as transfusões de sangue e riscos de contaminações através das transfusões são diminuídas.
O corte realizado na pele é bem menor
Devido ao uso dos braços mecânicos, não existe a necessidade do cirurgião introduzir as mãos dentro do paciente e aumentar o corte, ou seja, o campo cirúrgico é reduzido de forma considerável.
Recuperação e cicatrização são mais rápidas
Por haver menos traumas, os tecidos são menos afetados, promovendo um resultado satisfatório. O tempo de recuperação é menor, e o processo de cicatrização é mais rápido.
Melhor ergonomia
Todos os movimentos ocorrem de forma 3D dentro do campo de operação, proporcionando menos estresse aos cirurgiões, menos dor aos pacientes e menor uso de analgésicos pós-cirúrgicos.
Regulamentação brasileira: entenda como funciona para a telecirurgia
De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a telecirurgia deve ocorrer sempre em locais capacitados para atender com alta complexidade, junto a uma equipe composta por dois cirurgiões, sendo um operador remoto e outro para permanecer ao lado do paciente, sem se esquecer de toda equipe necessária, como anestesistas e enfermeiros.
A Resolução CFM nº 2.311/2022 estabelece ainda regras que deverão ser cumpridas para a execução da telecirurgia, o que inclui: capacitações; treinamentos do básico ao avançado; ao menos 20 horas de treinamento no simulador; participação de uma simulação cirúrgica de no mínimo 2 horas; assistir a videoaulas; acompanhar de forma presencial dez telecirurgias; e, ainda, apresentar habilidades psicomotoras para realizar o procedimento.
Neste artigo, vimos que o avanço tecnológico vem sendo relevante para a medicina, proporcionando inovações nas cirurgias e benefícios capazes de mudar por completo a vida dos pacientes.
Lembre-se sempre de contar com o auxílio de um software para controlar a agenda e manter os procedimentos da sua clínica organizados. Queremos ajudar! Clique aqui e fale com nossa equipe para conhecer o melhor software de saúde da web.