Imagem mostra médico trabalhando com o TISS no computador

Toda clínica médica, laboratório ou hospital particular precisa aprender o que é TISS e como colocar esse padrão em prática no seu ambiente. Afinal, essa é uma obrigatoriedade determinada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para as empresas do segmento de saúde, já há alguns anos. Por isso, é importante se adaptar a esse cenário, especialmente quem ainda não fez a adaptação.

Esse padrão de comunicação estabelece uma maneira obrigatória para que todos os prestadores de serviço que atendem por plano de saúde e operadoras desses planos. Portanto, é importante aprender como esse padrão funciona, quais são os seus componentes e como colocá-lo em prática no seu negócio médico. Isso permitirá não só que sua empresa siga as obrigações da ANS, como possa usufruir dos benefícios que esse padrão entrega.

Quer saber o que é TISS? Então siga a leitura abaixo!

O que é TISS?

O padrão Troca de Informações na Saúde Suplementar (T.I.S.S. na sigla) é um padrão de informações implementado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar para poder manter um modelo de registro de dados trocados entre prestadores de serviço de saúde (clínicas, médicos, laboratórios, etc.) com operadoras de planos de saúde.

Dessa forma, se tornou possível uniformizar ações administrativas na relação entre esses dois grupos de atores do mercado, facilitando a aprovação de procedimentos em clínicas, cobranças de serviços, comprovantes de presença e muito mais. Além disso, ficou mais fácil subsidiar ações de avaliação e acompanhamento de diversas áreas.

No geral, esse padrão conta com a interoperabilidade (a capacidade de sistemas se comunicarem de maneira transparente) com os sistemas de informação da ANS e do Ministério da Saúde, além de focar na redução de assimetria de informações entre todos os atores do mercado de saúde.

Como o TISS é composto?

Esse padrão é composto por 5 principais componentes, que trabalham em conjunto para poder facilitar a comunicação entre as partes já mencionadas. São eles:

  1. Componente organizacional: sua função é estabelecer regras operacionais para os atores do sistema de saúde;
  2. Componente estrutural e de conteúdo: sua função é montar a arquitetura de dados que serão usados nas mensagens entre os atores, bem como no plano de contingência, coleta e disponibilidade de dados do sistema de saúde;
  3. Componente de representação de conceito em saúde: tem como objetivo estabelecer um conjunto de termos que vão padronizar e identificar eventos, itens e procedimentos na saúde suplementar. Isso é feito com base no TUSS (Terminologia Unificada da Saúde Suplementar);
  4. Componente de segurança e privacidade: determina os padrões básicos de ações e cuidados para poder assegurar o direito de sigilo, privacidade e confidencialidade dos pacientes;
  5. Componente de comunicação: é responsável por montar os meios de comunicação entre operadoras de plano de saúde e prestadores de serviço.

Quais os benefícios desse padrão?

Estabelecer um padrão de comunicação entre os atores do mercado de saúde traz uma série de benefícios para todo o segmento, bem como para os pacientes no geral. Afinal, ajuda todas as empresas, tanto os prestadores de serviço, quanto às operadoras de plano de saúde, a estarem “na mesma página”, corrigindo assimetrias e agilizando atendimentos para os pacientes.

O primeiro dos benefícios é justamente esse: a facilidade de comunicação reduz muito o tempo de verificação de elegibilidade de um beneficiário em um procedimento médico. Tudo fica muito mais rápido para autorizar e pagar esse procedimento, trazendo mais saúde para quem precisa.

Além disso, o padrão de comunicação reduz situações negativas, como erros, fraudes ou incongruências em informações. Afinal, como é tudo padronizado, as situações de assimetria na troca de informações e o erro humano na ponta do atendimento são muito menores. Tanto as clínicas, quanto as operadoras sofrem com menos erros e isso traz benefícios para os pacientes também.

Outro benefício que vale mencionar é a redução de custos com insumos e refação de tarefas que o padrão proporciona. Afinal, o TISS reduz bastante o uso de papel ou tinta para imprimir documentos (antigamente, existiam dezenas de formulários para vários procedimentos, o que aumentava muito a burocracia do setor), bem como reduz a necessidade de refazer algum procedimento administrativo por causa de um erro encontrado, poupando tempo do time de todas as empresas em questão. 

Para completar, o uso de um padrão na troca de informações entre as empresas faz com que seja mais fácil ter dados precisos para estudos epidemiológicos. Esses estudos ajudam a definir políticas públicas de saúde, bem como políticas hospitalares e protocolo de gestão médica dentro de clínicas, laboratórios e hospitais. Ou seja: há um ganho escalável considerável na facilidade de comunicação.

Pronto! Agora você já sabe o que é TISS, do que ele é composto, como colocá-lo em prática e quais são os benefícios que esse padrão de comunicação traz para o segmento no geral, como também para a sua clínica em específico. Assim, sua empresa estará regularizada com as exigências da ANS e se beneficiará das vantagens que o padrão oferece para todos os negócios.

O que você achou desse padrão? Se você não conhecia, agora o conhece e pode colocá-lo em prática. Para acompanhar mais dicas para gerenciar melhor sua clínica, siga o nosso Facebook e nosso Instagram!