Triagem de doação de sangue: por que não mentir

A doação tem como principal objetivo salvar vidas. Assim, todo o processo deve ser seguro, desde o registro até a coleta. Mas você sabia que mentir durante a triagem de doação de sangue pode ocasionar graves problemas de saúde para o receptor?

Por exemplo, se o doador possui alguma doença contagiosa, é fundamental avisar sobre isso durante a entrevista, para evitar que mais pessoas sejam infectadas. Fornecer esse tipo de informação faz muito sentido, uma vez que alguns exames de sangue não detectam a contaminação. 

Se o que você quer é salvar vidas, continue a leitura para saber como funciona uma triagem e quais os riscos de omitir informações. Confira! 

Como funciona a triagem para doação de sangue?

O processo de triagem é de extrema importância para que o sangue esteja em boas condições ao chegar no seu receptor. Por esse motivo, existe a triagem clínica e laboratorial antes da doação.

Durante a pré-triagem, informações físicas, como pressão arterial, altura, peso e teste de anemia, são coletadas do doador. Em seguida, vem a parte da triagem clínica, onde são realizadas em média  40 questões sobre a sua saúde, alimentação, uso de medicações e demais informações relevantes são respondidas. Ser um candidato sincero é o que vai garantir a qualidade do sangue que está sendo doado.

Após a triagem, é a hora de coletar o sangue. Uma bolsa recolhe 400 ml de sangue aproximadamente, e algumas amostras são separadas para exames de sorologia. Esses testes servem para detectar hepatites B e C, HIV, sífilis, chagas e HTLV.

Caso os testes apresentem anormalidades, o sangue não é liberado para doação e é descartado do banco de sangue. O doador é, então, chamado para uma nova testagem. Em caso positivo, ele é imediatamente encaminhado para o serviço de referência, a fim de iniciar um tratamento o mais rápido possível.

Voto de autoexclusão durante a triagem

Conhecido como VAE, o voto de autoexclusão é uma oportunidade para que o doador defina de forma confidencial se a sua doação é adequada para ser usada em transfusões de sangue ou não.

Fazem parte desse grupo, pessoas vulneráveis para doenças transmissíveis, porém que não querem expor isso. Um exemplo, é quando existe uma convocação para doar sangue, em caso de não aptidão por doenças transmissíveis, a doação é realizada porém com a opção de autoexclusão, onde a pessoa passará por todos os processos e ao final o sangue será descartado.

Etapas de uma doação de sangue

As etapas para uma doação de sangue eficiente são bem estruturadas, sempre visando oferecer comodidade e segurança para o doador. São elas:

  • Cadastro – momento em que o candidato realiza o cadastro para realizar a doação (documento original com foto deve ser apresentado por obrigatoriedade).
  • Teste de anemia, sinais vitais e peso – um exame é realizado para identificar se o candidato tem anemia, além de verificar batimentos cardíacos, pressão arterial, peso e temperatura corporal.
  • Triagem clínica – é o momento da entrevista para avaliar se a doação pode causar riscos para o receptor. Todas as perguntas devem ser respondidas sem mentiras ou erros.
  • Coleta – o sangue é coletado de maneira segura, com equipamentos esterilizados e descartáveis. Além disso, ocorre a realização de exames obrigatórios com uma pequena amostra de sangue.
  • Lanche – todo doador recebe um lanche ao final do processo, que deve ser consumido antes de ele deixar o posto de coleta.

Importância de não mentir durante a triagem de doação de sangue

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Notificações e Orientação de Doadores com Sorologias Alteradas da Fundação Pró-Sangue detectou que metade dos doadores de sangue com o vírus HIV mentiram nas entrevistas de doações em todos os estados.

Todas as perguntas realizadas durante a triagem são fundamentais para identificar possíveis doenças ou sintomas, evitando assim a contaminação de mais pessoas. Infelizmente uma pessoa contaminada com o vírus HIV leva, em média, 30 dias para ser detectada com a realização de testes. Muito tempo, não é mesmo?

Ou seja, ao passar pela triagem, o doador deve ser totalmente sincero com o que lhe for perguntado. É importante não mentir nem omitir informações, pois quem receberá a doação não está saudável, o que deixa a pessoa ainda mais suscetível a novas contaminações.

Quem pode doar sangue?

Além da veracidade das questões durante as triagens, um candidato só pode se tornar um doador se seguir os requisitos mínimos impostos para doação de sangue. Sendo eles:

  • Ter entre 16 e 69 anos.
  • Pesar acima de 50 kg.
  • Apresentar documento original com foto.
  • Não ter tido febre, gripe, resfriados ou diarreia recentes.
  • Evitar o consumo de alimentos gordurosos 3 horas antes da doação.
  • Ter dormido, ao menos, 6 horas nas últimas 24 horas.
  • Pessoas entre 60 e 69 anos já devem ter doado antes dos 60 anos;
  • Estar bem alimentado.

O processo de doação de sangue é repleto de etapas, porém é seguro e de máxima confiança para doador e receptor. Se você deseja ser um doador, não minta na triagem, afinal, você quer salvar vidas e não as prejudicar.

Saiba como o RealBlood pode auxiliar na triagem de doação de sangue

O RealBlood é um software para banco de sangue que auxilia no gerenciamento de hemocentros, bancos de sangue e agências transfusionais. Além de atuar no cadastro de doadores, recepção, coleta, fracionamento, exames, estoque, relatórios e muito mais, é um grande aliado para a realização das triagens.

Ele registra os sinais vitais do doador, configurando-se de acordo com as normas técnicas e a unidade do hemocentro escolhida. O software atua ainda na visualização de ficha do doador e todo seu histórico, verificando dados de doações passadas.

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