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Receita digital: o que é?

Na maioria dos casos, a evolução tecnológica é algo inevitável. Na medicina, ela já está nos proporcionando coisas como a receita digital. Com o potencial de facilitar ainda mais a vida de todos os envolvidos no processo de compra de medicamentos, a receita digital já é cada vez mais comum — sendo não apenas reconhecida, como também facilitada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Na sequência deste texto, nós falamos um pouco mais sobre a receita digital. Explicamos o que este tipo de prescrição é e mostramos como ela funciona; para médicos, para pacientes e até mesmo para farmacêuticos.

Continue a leitura abaixo e confira!

 

O que é a receita digital

Como seu próprio nome já sugere, a receita digital é uma versão eletrônica das prescrições físicas de medicamentos que já utilizamos há tantos anos. Considerando que as cartas e os livros estiveram entre os primeiros a receber suas versões eletrônicas, era somente uma questão de tempo até que outros tipos de documentos — como as receitas médicas — também ganhassem as suas.

É preciso ressaltar, no entanto, que não basta simplesmente elaborar qualquer documento online e chamá-lo de receita digital para que ele funcione como tal. A prescrição deve seguir todos os requisitos de preenchimento da legislação sanitária e, além disso, ter a assinatura do médico responsável com o certificado digital da ICP-Brasil.

Em outras palavras, isso quer dizer que médicos que desejam disponibilizar a receita digital para seus pacientes devem, antes de qualquer outra coisa, ter um certificado digital.

Outro ponto que vale ser lembrado é a diferença entre receita digital e receita digitalizada. A primeira é um documento por si só que pode ser usado para a compra de medicamentos na farmácia; enquanto a segunda é apenas uma cópia da prescrição física e que não deve ser aceita na compra de remédios específicos.

 

Como ela funciona para médicos

Como já citamos, o médico responsável precisa ter um certificado digital para emitir receitas eletrônicas. Para que o processo seja facilitado, o CFM disponibiliza alguns modelos no seu site; basta que o médico preencha e faça sua assinatura digital para que o documento seja usado.

Depois disso, deve-se fazer um upload do documento no site “Validador de Documentos Digitais”, criado pelo Governo Federal. É através dele que, posteriormente, o farmacêutico irá conferir a veracidade do documento.

No entanto, relembramos: mesmo que a tecnologia esteja sendo implantada aos poucos, há muito que ainda deve ser feito para que ela seja a melhor alternativa. Hoje, medicamentos como antimicrobianos e alguns controlados específicos, como ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, antipsicóticos e controladores de hormônios podem ser receitados, mas outros como talidomida e retinoides não.

 

Como ela funciona para pacientes

Os pacientes são, provavelmente, os mais beneficiados pela receita digital. Eles podem ter a prescrição enviada por uma plataforma própria para receitas eletrônicas, por e-mail, SMS ou até mesmo por WhatsApp. É inegável que não há solução mais prática para a compra de um medicamento do que ter a receita na palma da mão.

E esse conceito ainda pode ser levado além: se a farmácia em que os medicamentos forem comprados oferecer um serviço de entrega, tudo pode ser feito sem que o paciente precise sair de casa. O documento pode ser enviado à farmácia, o farmacêutico faz a validação e o remédio é liberado.

 

Como ela funciona para farmacêuticos

E falando no farmacêutico… Este profissional também deve seguir algumas particularidades para que todo o processo da receita digital seja devidamente regularizado. Assim como com os médicos, os farmacêuticos também devem ter um certificado digital da ICP-Brasil.

É com ele que as receitas são assinadas, confirmando que o paciente retirou o remédio que o foi receitado. Depois disso, o farmacêutico precisa fazer o upload da receita atualizada no mesmo site do Validador de Documentos Digitais.

É com este processo que o sistema identifica que a receita já foi utilizada e, portanto, não pode ser usada novamente — garantindo a segurança que já existe com as prescrições que usamos fisicamente hoje.

 

E você, já conhecia a receita digital? Gostou das possibilidades que ela traz para médicos, pacientes e farmacêuticos? Ainda que os pacientes sejam os mais beneficiados, a inovação facilita a vida de todos e encurta vários processos.

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