Entenda como funciona e para que serve o Protocolo de Manchester
Se você já necessitou de um atendimento médico, provavelmente, teve que passar pela triagem e recebeu uma pulseira colorida, certo? Essa identificação faz parte do Protocolo de Manchester, uma técnica que facilita e agiliza o atendimento de casos mais urgentes.
Os pacientes são identificados de acordo com seu grau de gravidade e o tempo que podem aguardar pelo atendimento médico. Quer entender melhor sobre esse protocolo? Continue a leitura deste conteúdo e fique por dentro do assunto!
O que é o Protocolo de Manchester?
O Protocolo de Manchester pode ser considerado como um dos métodos mais utilizados em todo o mundo para identificar prioridades e tempo de avaliação de acordo com cada caso médico.
Sendo assim, muitos hospitais aplicam essa metodologia durante a triagem dos seus pacientes, no momento em que a gravidade dos sintomas é classificada por cores. Com isso, o serviço é organizado, fazendo com que os casos mais urgentes sejam atendidos prioritariamente.
Adotar essa prática é, ainda, uma maneira de diminuir a superlotação em clínicas e unidades de saúde. É importante ressaltar que o Protocolo de Manchester jamais deve ser utilizado para diagnosticar pacientes, apenas para indicar as situações de maiores riscos.
Classificações para o funcionamento do Protocolo de Manchester
A classificação dos casos conforme o Protocolo de Manchester se dá através da identificação dos sintomas apresentados por cada paciente. É organizado da seguinte forma:
Vermelho – Emergência
É aquele paciente que precisa de atendimento imediato, pois apresenta risco de morte ou de gravidade extrema. Enquadram-se os seguintes casos:
- vítima de projétil de arma de fogo (PAF);
- insuficiência respiratória;
- crises de convulsão;
- hemorragias descontroladas;
- tentativa de suicídio;
- queimaduras equivalentes a mais de 25% do corpo.
Laranja – Muito urgente
É o paciente que precisa ser atendido rapidamente, em aproximadamente 10 minutos. Ou seja, nesta classificação, o nível emergencial é um pouco menor do que na cor vermelha. As condições para ser definido como muito urgente são:
- hemorragias com difícil controle;
- fraturas;
- perda de consciência;
- dores incontroláveis ou muito severas;
- arritmias sem sinais de instabilidade.
Amarelo – Urgente
Pacientes classificados como urgentes precisam de atendimento rápido, mas podem esperar por até 50 minutos sem que o quadro seja agravado. Há riscos, porém não são imediatos. Dentre os casos mais comuns, estão:
- desmaios;
- desidratação;
- pequenas hemorragias;
- crises de pânico;
- casos de hipertensão;
- sinais vitais com irregularidades.
Verde – Pouco urgente
Quando o caso não é tão grave, a pulseira é verde, o que significa que o paciente pode esperar até 2 horas e ser encaminhado a outros locais de serviços de saúde para ser tratado. São os casos de:
- febre;
- dores leves;
- dor de garganta;
- viroses;
- tosse;
- resfriado;
- hemorragias controladas.
Azul – Não urgente
Assim como acontece na cor verde, o paciente que não precisa de atendimento urgente é classificado com a cor azul e pode ser encaminhado para outros serviços de saúde, pois possui sintomas comuns e estáveis que podem ser tratados em outros locais. A diferença é o tempo de espera: na cor azul, ele é de até 4 horas. Esta classificação envolve:
- aplicação de medicamentos receitados por profissionais;
- troca de sondas;
- dores crônicas já diagnosticadas.
Afinal, como o Protocolo de Manchester funciona na prática?
No Protocolo de Manchester, os profissionais de saúde precisam realizar uma avaliação para entender o quadro clínico do paciente. Essa triagem visa identificar os riscos e as gravidades recorrentes dos sintomas apresentados.
É um momento em que não se deve buscar um diagnóstico, somente a identificação do risco daquele quadro para colocar no paciente uma pulseira com a cor correspondente ao grau de urgência para o atendimento.
Somente profissionais de nível superior (médico ou enfermeiro) com boa comunicação, capacitação e conhecimento clínico estão autorizados a avaliar e indicar ao doente a cor correspondente à urgência do caso.
Importância de aderir ao Protocolo de Manchester
A organização, a padronização e o suporte aos pacientes se tornaram ainda mais eficientes com o auxílio do Protocolo de Manchester. A sua maior importância se dá pelo atendimento mais coordenado e assertivo, evitando que pacientes não graves passem na frente daqueles que precisam de atendimento imediato.
Quando falamos das clínicas médicas, a implementação deste protocolo proporciona impactos positivos para o negócio, atuando principalmente na economia, pois reduz o desperdício de materiais. Além disso:
- garante mais segurança aos pacientes;
- torna os atendimentos mais humanizados;
- aumenta a satisfação do público;
- reduz a superlotação;
- diminui o tempo médio de atendimento (TMA).
Pudemos perceber que é de extrema importância entender e fazer uso do Protocolo de Manchester para que os atendimentos sejam cada vez melhores.
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