Imagem mostra bolsas de sangue com etiquetagem no padrão ISBT 128

Trabalhar em um banco de sangue, em muitas ocasiões, exige rapidez e agilidade. Por exemplo, pode ser necessário transferir diversas bolsas de sangue para um hospital em específico ou, em alguns casos, para outros estados em poucos minutos. Quando isso acontece, se houver uma incongruência de dados ou maneiras diversas de catalogar informações, pode ser que algo errado aconteça. É por isso que existe o padrão ISBT 128.

Esse padrão é usado mundialmente para uniformizar a comunicação de produtos que são de origem humana. Quem o usa, segue uma normatização que permite que os recursos doados sejam bem utilizados e facilmente transportados para outros hospitais, em outros estados e regiões, inclusive em outros países, caso haja essa possibilidade ou isso seja necessário.

Portanto, se você não conhece o padrão ISBT 128 ou sua clínica ainda não o segue, é hora de mudar isso. Quer saber como? Siga a leitura do artigo abaixo!

O que é o padrão ISBT 128?

O ISBT 128 é um padrão global criado para ajudar na identificação, etiquetagem e transferência dos chamados MPHO (Medical Products of Human Origin, ou Produtos Médicos de Origem Humana). Estão inclusos nessa categoria doações de órgãos, sangue, tecido, medula, leite materno, células e muito mais.

A sigla ISBT vem de International Standard for Blood and Transplant (algo como Padrão Internacional para Sangue e Transplante) e foi criada pela International Society of Blood Transfusion (ou Sociedade Internacional de Transfusão de Sangue), um grupo que iniciou o estudo no processamento de dados e automação na doação de sangue no começo dos anos 90. Já o número 128 do padrão vem dos 128 caracteres que são usados na livraria ASCII, que é utilizada para padronagem.

A primeira versão desse padrão foi publicada em 1997 e vem sendo atualizada desde então. O modelo atual é conhecido como verão 5.8.0, que é a versão 5, em sua 8ª atualização.

Como ele funciona?

O padrão ISBT estabelece 5 níveis diferentes de hierarquia dentro da organização informacional de qualquer tipo de produto médico originário de humanos. Os níveis de hierárquicos são os seguintes, do elemento inicial ao final:

  1. Definições: tudo começa com o dicionário oficial do padrão, que conta com todos os códigos utilizados dentro do sistema;
  2. Tabelas de referência: as tabelas são construídas para mapear os itens em questão com uma codificação adequada, seguindo as definições que foram construídas antes;
  3. Estruturas de dados: as estruturas definem as características técnicas para interpretar as informações usadas no padrão;
  4. Mecanismo de entrega: é a forma com que a informação será entregue. Neste padrão, é usado o código de barras, simbologia 2-dimensionais 2D (Data Matrix);
  5. Etiquetagem: por fim, o sistema usa uma associação física entre as informações e produtos (uma etiqueta ou rótulo), com o código de barras impresso e todas as informações necessárias.

Qual a sua importância?

O padrão é utilizado globalmente e permite que hospitais e clínicas possam se unir facilmente a bancos de sangue de vários lugares diferentes, inclusive de outros países, se necessário, para utilizar materiais médicos de origem humana.

Por isso, é essencial que o seu banco de sangue ou sua clínica utilizem o ISBT 128 para participar dessa interligação. A diferença entre salvar uma vida ou não pode depender disso.

Como aplicá-lo em seu banco de sangue?

Para aplicar o padrão ISBT 128 na sua agência transfusional, hemocentro ou banco de sangue, é vital ter um software que tenha adequação ao sistema e possa facilitar a aplicação desse padrão.

Por exemplo, sempre que um banco de sangue receber uma doação e tratar o material coletado, separando seus hemocomponentes, o software pode fazer a emissão das etiquetas e o registro do conteúdo com base nas instruções do padrão. Isso permite que esse material seja utilizado posteriormente em todos os hospitais que tenham o mesmo padrão, salvando vidas com mais agilidade (não seria necessário, por exemplo, uma troca de informações para que o sistema do hospital entendesse como o sistema do banco de sangue organizou os dados daquela bolsa de sangue).

No entanto, não basta apenas ter um software adequado para isso, é importante também ensinar aos profissionais do banco de sangue, hemocentro ou agência transfusional como usar o programa e qual a importância desse padrão. Assim, eles saberão o que fazer e em cada estágio para implementar o sistema de maneira mais eficaz.

Pronto! Agora que você já viu tudo sobre o ISBT 128, incluindo como ele funciona, qual a sua importância e como colocá-lo em prática, é hora de começar a fazer essa mudança no seu banco de sangue, caso você ainda não tenha. Isso permitirá você siga uma normatização mais moderna e ajude a salvar mais vidas, que é o seu objetivo primordial.

O RealBlood é um software que permite que o banco de sangue possa trabalhar com o padrão ISBT 128. Quer saber como? Então, entre em contato com a nossa equipe comercial para saber mais sobre o assunto!