Saiba o que é e como funciona um estoque de sangue
Entender como funciona um estoque de sangue pode ser uma tarefa complexa. Isso porque é necessário garantir que todos os tipos sanguíneos estejam disponíveis e dentro do prazo de validade.
Todo sangue coletado em doações é essencial para os atendimentos de urgência, a realização de cirurgias de grande porte e o tratamento de pessoas com doenças crônicas.
Estoque de sangue nada mais é do que um local responsável é indicado para armazenar, de maneira correta, as doações de sangue, realizando a separação por hemocomponentes e tipo sanguíneo.
Estima-se ainda, que para os estoques estarem sempre cheios, são necessárias 160 doações diárias.
Para ajudar a entender como funciona um estoque de sangue e qual a real necessidade de mantê-lo sempre abastecido, elaboramos esse conteúdo. Vamos nessa!
Veja quais são os tipos sanguíneos para manter um estoque de sangue completo
A classificação dos tipos sanguíneos é realizada de acordo com a presença ou a ausência de antígeno, que está concentrado nas superfícies das hemácias ou ainda pelas aglutininas, os conhecidos anticorpos.
O sangue é dividido por quatro tipos, de acordo com o sistema ABO, conhecido por classificar os grupos em tipos A, B, AB e O. A seguir, os tipos sanguíneos que não podem faltar nos estoques.
Sangue tipo A
É considerado o tipo sanguíneo mais comum, tendo anticorpos contra o tipo B. Pessoas do tipo A só podem receber de doadores que tenham o tipo A ou O.
Sangue tipo B
Um dos mais raros, seus anticorpos são contra o tipo A. Nesse caso, pessoas do tipo B só podem receber do tipo B ou O.
Sangue tipo AB
Também é um tipo sanguíneo raro e não apresenta anticorpos contra o sangue do tipo A e B, podendo receber sangue de todas as outras tipologias.
Sangue tipo O
Também conhecido como doador universal, o tipo O só pode receber sangue de pessoas do mesmo tipo para, assim, evitar a aglutinação das hemácias.
Afinal, como funciona um estoque de sangue?
Os doadores são recebidos nos bancos de sangue para a realização da coleta. Em seguida, o sangue é fracionado de acordo com os hemocomponentes.
Após a separação dos hemocomponentes em bolsas específicas, exames são realizados a fim de detectar possíveis doenças e o tipo sanguíneo. Feito isso, as bolsas são transportadas para os estoques de cada hospital.
Esses estoques têm como objetivo armazenar as bolsas de sangue e os seus hemocomponentes. A meta é deixá-los sempre abastecidos, porém, quando a reserva do estoque começa a ficar baixa, campanhas com doadores cadastrados e até novos são realizadas para ajudar no reabastecimento de cada hemocentro.
Saiba qual a validade do sangue doado
É importante entendermos que cada hemocomponente tem uma validade. Por exemplo, as plaquetas só podem ser utilizadas em até cinco dias após o sangue ser coletado. Esse é um dos motivos para que os doadores compareçam regularmente aos hemocentros.
Uma vez que essa redução acontece, o estoque de plaquetas é afetado, e pacientes com distúrbios de coagulação ficam em risco. Outros hemocomponentes e suas validades são:
- concentrado de hemácias — CHM: de 35 a 42 dias, tudo depende da solução de conservação;
- concentrado de plaquetas — CP: validade de cinco dias;
- plasma fresco congelado — PFC: validade de 12 meses (um ano);
- crioprecipitado — CRIO: tem validade de 12 meses (um ano).
Outro fator importante é que, a partir do fracionamento do plasma sanguíneo por meio de processos físico-químicos, é possível preparar hemoderivados. Com isso, obtém-se concentrados de fatores de coagulação, albumina e globulinas.
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