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Veja como realizar doações em casos de impedimentos temporários e definitivos

Saiba como controlar as doações de sangue diante de impedimentos de doenças

O controle de doações de sangue no caso de impedimentos causados por doenças deve ser realizado de maneira clara e segura, uma vez que se trata da saúde dos doadores e receptores.

Assim como a covid-19, outras doenças podem fazer com que o doador seja impedido de doar durante um período ou, em casos mais sérios, permanentemente. Com os altos casos de dengue no país, alguns cuidados também devem ser considerados.

Neste conteúdo, será possível compreender quais os impedimentos temporários, definitivos e muito mais. Siga a leitura atentamente!

Casos que causam impedimentos temporários para a doação de sangue

Antes mesmo das doações de sangue, os bancos de sangue e hemocentros realizam triagens minuciosas, tudo com base nas normas nacionais e internacionais (Ministério da Saúde, Associação Americana e Conselho Europeu dos Bancos de Sangue). Todo esse cuidado proporciona maior segurança para doadores e receptores.

Sabe-se, por exemplo, que o uso de alguns medicamentos podem impedir a doação de forma temporária. Além disso, ela não é realizada nos casos em que o doador:

  • seja menor de 16 anos ou tenha mais de 69 anos;
  • pese menos de 50 kg;
  • seja diagnosticado com anemia no teste realizado antes da doação;
  • esteja hipertenso ou hipotenso no momento da doação;
  • esteja com os batimentos cardíacos fracos ou acelerados na hora de doar;
  • apresente febre no dia da doação;
  • esteja gestante;
  • esteja amamentando pós-parto com menos de 12 meses;
  • ter retornado de viagem de áreas propensas para doenças, como no caso da Malária, ou mediante a existência de doenças sazonais.

Existem ainda casos nos quais a pessoa fica impedida de doar por um prazo de 48 horas: quando foi vacinado por vacinas que possuem vírus ou bactérias mortos, toxoide ou recombinantes (cólera, poliomielite, tétano, meningite e pneumocócica) ou se foi vacinado contra a gripe. 

Casos mais graves podem fazer com que o prazo de impedimento seja de três meses. Estas situações envolvem os doadores submetidos à apendicectomia, hemorroidectomia, hernioplastia, ressecção de varizes, amigdalectomia ou ao uso de medicamentos oral para prevenção de HIV.

Doadores que realizaram tatuagens, maquiagens definitivas, micropigmentação, colocaram piercing em região mucosa ou receberam enxerto de pele devem ficar 12 meses impedidos. Já aqueles que tiveram tuberculose pulmonar, o prazo se estende por cinco anos após a cura completa.

Doenças que proíbem a doação de sangue

Além dos impedimentos temporários, existem casos em que a pessoa nunca poderá doar sangue, tudo para garantir a segurança de doadores e receptores. As situações que causam essa “exclusão” como doador são:

  • pessoas que testaram positivo para HIV;
  • quem teve hepatite após os 11 anos;
  • pessoas que têm doença de Chagas;
  • receptores de enxerto de dura-máter;
  • quem teve algum tipo de câncer, principalmente leucemia;
  • aqueles que apresentem problemas graves no pulmão, coração, fígado ou rins;
  • doadores com problemas de coagulação do sangue;
  • diabéticos com complicações vasculares ou que façam o uso da insulina;
  • quem já teve tuberculose extrapulmonar;
  • pessoas que têm elefantíase; hanseníase; leishmaniose visceral, tegumentar ou cutânea; brucelose; e esquistossomose hepatoesplênica;
  • indivíduos com doenças que causem inimputabilidade jurídica;
  • pessoas que tiveram transplante de órgãos ou de medula;
  • indivíduos com mal de Parkinson.

Lembre-se de que, com as triagens, as doações ficam mais seguras, tendo um aproveitamento total do material coletado.

Controle as doações de sangue nos impedimentos por doenças

O controle de doações de sangue relacionadas com o impedimento de doenças conta com inúmeras medidas e práticas que devem ser implementadas.

Quando unidas, podem garantir que as doações de sangue sejam ainda mais seguras para doadores e receptores. Esse controle pode ser realizado de forma segura, por meio de alguns pontos cruciais de atenção:

  • Triagem médica: antes da doação, é fundamental que uma triagem seja realizada, com base em perguntas sobre histórico de saúde, comportamento de risco e possíveis exposições de doenças transmissíveis pelo sangue por parte do doador. É um passo simples, mas que pode identificar impedimentos.

  • Questionários para a triagem: os doadores devem preencher um questionário que aborde históricos médicos, viagens recentes, comportamentos de risco (como o uso de drogas e relações sexuais sem proteção), mas, principalmente, as doenças infecciosas.

  • Testes laboratoriais: quando o sangue é coletado, ele passa por um teste a fim de detectar inúmeras doenças transmissíveis pelo sangue, como HIV, hepatite B e C, e sífilis. Quando positivo para alguma das doenças, o sangue é descartado.

  • Elegibilidade: critérios específicos determinam quem pode doar sangue com segurança, como no caso da elegibilidade. O processo inclui restrições relacionadas com doenças crônicas, uso de alguns medicamentos, histórico de câncer e outras.

  • Conscientização: é essencial educar o público sobre a importância de uma doação segura. Um ato simples, mas que pode auxiliar na prevenção de doações, garantindo a segurança do sangue e de seus hemocomponentes.

  • Atualização regular: as recomendações para a doação de sangue passam por revisões constantes, baseando-se em novas evidências científicas e avanços relacionados ao estudo das doenças transmissíveis por meio do sangue. É fundamental estar sempre atualizado, garantindo práticas seguras durante as doações.

Cuidados na hora de receber doações de quem já teve dengue

O país passa por um verdadeiro surto de dengue, fazendo com que os cuidados nas doações de sangue sejam redobrados. Com isso, o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgaram alguns critérios. Veja quais são:

  • quem teve dengue comum precisa aguardar 30 dias após recuperação completa para realizar uma doação;
  • casos de dengue grave, como a hemorrágica, o intervalo para doação deve ser de 180 dias, contando a partir da recuperação completa do doador;
  • pessoas que tiveram relação sexual com pessoas infectadas pela dengue nos últimos 30 dias devem aguardar um prazo de 30 dias após o último contato;
  • aqueles que tomaram a vacina contra a dengue também devem esperar 30 dias para poder doar.

Segundo a Anvisa, pesquisas relataram que se tem um alto risco de transmissão do vírus da dengue por meio das transfusões de sangue, uma taxa que pode chegar aos 38%.

Além disso, é fundamental que os serviços de hemoterapia orientem os doadores sobre os cuidados em casos de contaminação pós-doação. Os doadores também devem informar os bancos de sangue imediatamente, principalmente se em até 14 dias após a doação apresentarem sintomas de febre ou diarreia.

Esse ato pode parecer simples, mas só assim os serviços podem resgatar possíveis hemocomponentes em estoque e acompanhar os receptores do material.

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